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Oscar 2010

Fiquei acordada até 2 h da manhã assistindo ao Oscar. Vi desde o pré, no tapete vermelho, até o que pareceu tornar-se uma festa after. Adorei a apresentação de Steve Martin e Alec Baldwin: divertidos sem apelarem para o escracho. Não entendi o Tom Hanks, no fim da festa, anunciado o prêmio de melhor filme sem a menor emoção. Será que eu estava dormindo e perdi a piada ou ele foi econômico e sem graça mesmo?

Cansada de ouvir comentários sem fundamento, apenas julgamento, sobre os glamurosos vestidos, resolvi postar aqui alguns looks que me pareceram apropriados e criativos.

Cameron Diaz, de Oscar de la Renta, Sara Jessica Parker e Diane Kruger, de Chanel: o nude tá com tudo!

Nicole Richie, de Joel Madden: 70´s. Carey Mulligan, de Prada: uma graça! E os brincos não estavam grandes.

 

And the Oscar goes to:

Sandy Powel!!! A figurinista mostrou que glamur e criatividade dialogam, sim! Levou o Oscar por The Young Victoria.

Maíra Zimmermann

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Moda e Cinema: Quem quer Educação?

Como Carey Mulligan, minha favorita ao Oscar de Melhor Atriz, não levou a estatueta para casa, publico abaixo um texto sobre seu filme, Educação, em homenagem a ela, e ao filme, que também não levou nada.

A personagem Jenny com o cinzento uniforme do colégio

Para Jenny, em Paris tudo ficou colorido

Educação (Dir. Lone Scherfig) é um filme fofo e moderninho – não é coincidência o roteiro ser de Nick Hornby, mesmo sendo de época. Se você resolver ir com o seu namorado, avise-o de antemão que é um filme de menina: idealista, romântico e com colheradas extras de açúcar. A narrativa é gostosa e nos deixamos envolver pela história de Jenny (Carey Mulligan), uma adolescente de 17 anos que vive na Londres do início dos anos 60, momento em que os ideais da revolução juvenil que explodiria no final da mesma década começavam a fervilhar: individualidade, abismo entre gerações, questionamentos à educação formal.

A garota estuda em um colégio feminino, sendo apresentada como a melhor da turma: é interessada em literatura, artes e línguas estrangeiras, parece ser a única a fazer conexões entre as matérias ensinadas e a vida prática. Ainda epicentro da moda neste período, Paris é para Jenny o seu mundo colorido, Londres é ainda soturna, parece impossível antever quão colorida ficaria.

Porém, quando a adolescente Jenny conhece um cara mais velho, o bon vivant David (Peter Sarsgaard), sua educação colegial formal começa a parecer sem graça perante a universidade da vida que ele tem a lhe mostrar. Apaixonam-se, convivem e ela, de fato, passa a aproveitar alguns prazeres da dolce vida. É claro que ele esconde um, ou dois, terrível segredo. E é a partir daí que o filme começa a cair em moralismos enfadonhos, em um maniqueísmo educacional, acrescentando a este fato alguns abusos de clichês e cenas desnecessárias: alguém quer me explicar a cena da banana?

Mesmo desprezando as atividades ilícitas que enriqueceram David, nossa adorável Jenny não se faz de rogada quando troca os uniformes e roupas sem graça e sem cor pelos luminosos, impecáveis e luxuosos vestidos de alta-costura, bem a la Cinderela em Paris, não à toa foi comparada a Audrey Hepburn. É sempre bom ver o começo da revolução juvenil sendo contado, perceber que aqueles anos anteriores as manifestações juvenis como um grupo coeso não foram esquecidos, afinal, o colorido da Swinging London teve como base tons mais sóbrios.

Maíra Zimmermann

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